Marquei uma conexão prolongada em Bogotá para
termos oportunidade de conhecer um pouco a capital da Bolívia. Chegamos ao
aeroporto as 09:00, trocamos dinheiro, comemos nosso primeiro café colombiano
(bem, para mim um cappuccino!) acompanhado de uma tradicional ‘arepa’ e fomos
de táxi ao centro da cidade, escutando salsa pelo trecho de apenas 15 km mas
que foi percorrido em mais de 1 hora devido ao trânsito.
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Capuccino & Café expresso - Colômbia - o melhor café do mundo |
Para comemorar nosso amor perfeito!!
Começamos pela região da “La Candelaria”, o
centro histórico.
A “Plaza Bolivar” é o coração de Bogotá, e ali
ficam a Catedral, o Palácio da Justiça e o Congresso. Ah, e muitas (inúmeras)
pombas também!!
Conhecemos o Museu Botero e nos esbaldamos com
suas pinturas e esculturas gordinhas (bem, na verdade gordonas). Botero, o
artista mais conhecido da Colômbia, nasceu em Mendelin em 1932 e criou um
estilo próprio. O museu é grátis e fica em um complexo com outros 2 museus
(Museu Casa da Moeda e Museu de Arte Miguel Urrutia), que não tivemos tempo de
visitar.
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Monalisa aos 12 anos, um dos quadros mais famosos de Botero - quem disse que criança obesa será um adulto obeso?! |
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Rodrigo e um Picasso... |
Em frente ao Museu está a imensa Biblioteca Luis Angel Arango, uma das mais visitadas bibliotecas do mundo (5000 visitantes diários).
Caminhamos pela “Plazoleta Del Chorro de
Quevedo”, com suas casinhas coloridas e restaurantes rústicos e estilosos e
almoçamos por lá.
Depois fomos ao Museu do Ouro onde estão
expostas muitas peças feitas de ouro da civilização inca, que habitava a região
antes da chegada dos Espanhóis.
Ainda deu tempo de subir de teleférico ao
Monserrate, que fica a 3200 metros acima do mar, e apreciar uma ampla vista da
cidade, embora bastante coberta pela neblina.
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Fim do dia em Bogotá |
Ao final da tarde voltamos para o aeroporto (novamente
com intenso trânsito!) e embarcamos para Cartagena. Ficamos hospedamos na
cidade histórica, dentro dos muros, em um pequeno hotel muito charmoso (Hotel
Boutique Casa Gloria), que me lembrou bastante o hotel de Marrocos: uma porta
simples, que não revela os segredos interiores...
Cartagena foi fundada em 1533 pelo espanhol
Pedro de Heredita e foi um dos principais portos da Espanha na América. Era
muito rica o que atraiu piratas e conquistadores de outros países, fazendo com
que muralhas e fortes fossem construídos. Se tornou independente da Espanha em
1811. É considerada um Patrimônio Histórico pela UNESCO.
No primeiro dia fomos explorar o centro
histórico, dentro da parte murada de Cartagena. Caminhamos muito por suas
ruelas estreitas (e calçadas mais estreitas ainda), com casas coloridas e seus
tradicionais balcões espanhóis.
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Catedral Metropolitana |
Na Praça Bolívar fica o Museu Histórico de Cartagena (dentro do Palácio da Inquisição) - Cartagena também viveu um pouco inquisição espanhola - aqui houve julgamentos (Atos Públicos da Fé), condenações, torturas e execuções de hereges e “bruxas” - tudo em nome da fé...
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a famosa guilhotina usada na época da Inquisição |
Fomos a Praça da Aduanda (Alfândega) onde, no
passado eram comealizados os escravos negros trazidos da África. Na Praça de
Santo Domingo fica a Gertrudes, escultura de Botero. E também muitos
restaurantes, onde almoçamos.
Pertinho do hotel ficava a estátua da Índia
Catalina que foi raptada na Colômbia e adquiriu os hábitos europeus, a religião
e aprendeu o idioma. Quando retornou ao país 30 anos depois ajudou na
pacificação de diversas tribos indígenas.
Terminamos a tarde no Café Del Mar, com música
ao vivo, uma fresca brisa vinda do mar e um pôr do sol belíssimo. Simplesmente
imperdível para quem for a Cartagena!!
Escutar Bossa Nova (estilo musical que tanto
gosto!) foi um toque romântico a viagem!
“Fundamental é mesmo o amor... é impossível
ser feliz sozinho!”
A noite jantamos em um restaurante bem
diferente: INTERNO
O restaurante fica ao lado da penitenciária
feminina onde todas as funcionárias cumprem pena. É um modelo de reinserção
social para que as mulheres possam reintegrar-se de forma digna a sociedade
quando recuperarem sua liberdade. O lucro é destinado a melhorar a qualidade de
vida das reclusas e suas famílias. E a comida deliciosa!! Fiquei encantada com
o projeto!
No dia seguinte exploramos as atrações fora da
cidade murada.
O Convento Santa Cruz de La Popa fica no alto
de uma pequena montanha. Sua construção se iniciou em 1536 e durante um período
foi usada como forte, pois de lá se tem um ampla vista panorâmica da cidade e
do mar. Contratamos um senhor bem velhinho como guia, Sr Antônio Manuel, que
com sua fala enrolada (e quase sem dentes) nos contou histórias do local e de
Cartagena.
O Castillo de San Felipe teve sua construção inicda
em 1594 e resistiu a invasões de piratas, franceses (em 1698) e ingleses (em
1741). Além da imponente estrutura que se observa por fora, a parte interna é
cheia de labirintos, corredores e túneis, arquitetados de forma a surpreender o
inimigo, e encantar os turistas.
Ao pé do Castelo tem uma curiosa atração
turística, o Monumento do Sapato Velho, em homenagem ao poeta colombiano Luiz
Carlos Lopez que escreveu o poema “A minha cidade natal”, que era Cartagena.
A tarde voltamos para o hotel para descansar, e
refrescar um pouco na piscina! No final do dia animamos sair novamente (como
Cartagena é quente!) e fomos conhecer o bairro Bocagrande, a parte moderna da
cidade, que nada tem a ver com o centro histórico.
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dos muros da cidade antiga se vê a parte nova da cidade (bairro Bocagrande) |
Para encerrar o passeio a Cartagena uma
experiência realmente cultural!
“Rumba en Chiva”
Um city tour noturno pela cidade a bordo de um
ônibus aberto com música ao vivo (rumba) e bebida (rum). Em cada ponto uma
“bailada”!! Detalhe: uns 20 ônibus juntos! Tem que estar muito “aberto” para
curtir uma experiência dessa!! O percurso termina em uma discoteca, que claro,
tocava de tudo, inclusive funk!!
Foram poucos dias mas conhecemos o essencial
dessas 2 cidades colombianas:
Bogotá com seu clima frio e muito trânsito, afinal
são 8 milhões de habitantes (sem metrô!). Cartagena com seu sol escaldante, um
clima bem caribenho, e muitos (muitos!!) vendedores ambulantes na luta pela
sobrevivência!
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